FECHAMENTO DE FERIDAS COMPLEXAS NO PÉ, TORNOZELO E PERNA, EM PACIENTES ISQUÊMICOS, DIABÉTICOS, COM A UTILIZAÇÃO DE COBERTURA DE POLIPROPILENO
TEMA:
Pé e Tornozelo
FORMATO DE APRESENTAÇÃO:
Apresentação Oral
PALAVRAS-CHAVE:
Objetivo: Descrever a técnica e apresentar os resultados de fechamento de feridas complexas no pé, tornozelo e perna, em pacientes isquêmicos, diabéticos, com a utilização de cobertura com polipropileno, que estimula a granulação e epitelização da ferida.
Material: Foram operados 08 pacientes portadores de lesões (úlceras) nos pés, tornozelos e perna e foram avaliados os resultados de 06 pacientes. Todos eram diabéticos, isquêmicos, confirmado com utilização de doppler arterial e avaliação de médico angiologista e já faziam tratamento local com outros médicos ou enfermeiros estomaterapeutas há mais de 04 meses.
Método: O primeiro paciente foi operado em Janeiro de 2019 e o último em Agosto de 2020, com um tempo médio de seguimento de 11 meses. Todos os procedimentos foram realizados pelo mesmo cirurgião. Foi realizado desbridamento da ferida e cobertura da mesma com polipropileno. Dos oito pacientes iniciais, um foi retirado a cobertura de polipropileno e optado por outro método de cobertura, sendo que o mesmo abandonou o tratamento pois não compreendeu e não conseguiu manter a cobertura proposta com temor de infecção local e outro infelizmente foi vítima de infecção pelo vírus COVID – 19 e veio a óbito por esta causa. Salientamos que em ambos os casos as feridas já estavam apresentando granulação. Em relação à estatística, considerou-se um valor de p de 0,05. O software usado foi o SPSS for Windows, versão 21.0.
Resultados: O tempo de fechamento foi de dois meses, sendo que tanto nas feridas menores quanto nas maiores foram mantidos os 60 dias de cobertura. Todas as feridas mantêm-se fechadas, com o tempo médio de seguimento de 11 meses, com cobertura cutânea com ótimo aspecto, sem aderências e não houve nenhuma recidiva, mesmo nas feridas plantares. Não houve nenhuma complicação com o uso do polipropileno nas feridas como infecção ou alergia.
Conclusão: Esta nova técnica para fechamento de feridas complexas em pacientes diabéticos, com isquemia comprovada dos membros inferiores, mostra-se de aplicabilidade simples, de baixo custo e com resultados muito favoráveis, sem complicações sérias no presente estudo. Esta técnica pode auxiliar muito no fechamento das feridas neste grupo de pacientes e evita a necessidade de abordar outras áreas anatômicas para as coberturas cutâneas, como enxertos ou retalhos que frequentemente se complicam.