ACESSO MEDIAL POSTEROMEDIAL PARA FRATURAS DO MALÉOLO POSTERIOR – APRESENTAÇÃO DE CASO
TEMA:
Trauma
FORMATO DE APRESENTAÇÃO:
Apresentação Oral
PALAVRAS-CHAVE:
Introdução: A fratura do maléolo posterior é cada vez mais debatida na medida em que trabalhos já mostraram melhores desfechos na redução aberta e fixação interna quando comparado com redução indireta. A dificuldade de acesso a elas ou necessidade de realizar múltiplos acessos é uma grande barreira principalmente para cirurgiões não familiarizados. Apresentamos um caso no qual o acesso medial póstero medial permitiu boa visualização, redução direta e fixação da fratura do maléolo posterior.
Objetivo: Descrever a técnica e apresentar resultado de caso de fratura do tornozelo bimaleolar, na qual o acesso medial (posteromedial) com janela entre o flexor longo dos dedos e tibial posterior foi de grande valia na visualização e redução da fratura do maléolo posterior.
Material e Método: Paciente do sexo masculino de 32 anos, acidente motociclístico, apresentou fratura fechada bimaleolar do tornozelo direito com fratura do maléolo posterior classificado como Mason 2A. Optou-se por acesso convencional lateral para fixação da fíbula e acesso medial póstero medial entre tendão flexor longo dos dedos e tibial posterior, o qual permitiu acessar uma ampla área da tíbia distal e redução direta e fixação com 3 parafusos cônicos 4.5mm de posterior para anterior.
Resultados: Paciente foi acompanhado com 1, 2, 3, 6, 8, 12 e 24 semanas. Evoluiu com boa mobilidade do tornozelo e boa cicatrização das feridas.
Conclusão: A fratura do maléolo posterior não é homogênea, mas o acesso medial póstero medial permite uma boa visualização, redução direta e fixação interna da superfície da tíbia distal. Apesar da fratura ser na região póstero-lateral da tíbia, no maléolo posterior, o acesso póstero-medial permite uma redução direta, com visualização da superfície articular, com redução anatômica. Portanto, é uma abordagem que deveria ser mais utilizada nas fraturas do maléolo posterior.